sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Descrição do gênero Artigo de opinião e carta pessoal

Condições de produção

Esfera: Jornalística
Finalidade: convencer o outro de que a tese defendida é a mais adequada; Influenciar o pensamento dos leitores, isto é, fortalecer ou transformar (inverter, reforçar, enfraquecer) a posição dos destinatários sobre uma questão controversa de interesse social e, eventualmente, influenciar o comportamento desses destinatários

Condições de produção (2)

Autor: alguém que domina o assunto (ou pelo menos está razoavelmente informado sobre o assunto), em geral está vinculado a alguma instituição;
Suporte/circulação: jornais, revistas, internet etc.;
Leitores: leitores de uma publicação (em geral uma elite privilegiada, formadora de opinião)

Vozes que circulam

Podem ser:
n Explícitas ou implícitas;
n Definidas ou genéricas.

Conteúdo temático Conteúdo temático

Questões controversas que se supõe de relevância social (nem sempre explícitas nos artigos de opinião).

Exemplos de questões polêmicas

• O Brasil deve permitir a livre produção de alimentos transgênicos?
• A clonagem humana deve ser permitida?
• Qual a função da arte?
• O aborto deve ser legalizado?
• A existência de cotas nas universidades para alunos provenientes de escola pública é justa?
• A falta de informação é a grande responsável pela alta incidência de gravidez na adolescência?
na maioridade penal deve ser revista?

Forma composicional

É variável, mas sempre terá:
– Uma tese/posição/opinião que é defendida;
–Argumentos que sustentam essa tese (que podem ser de vários tipos – de autoridade, de exemplificação, de princípio, de causalidade etc.);
–Movimentos argumentativos - sustentação, refutação, negociação

Forma composicional (2)

Também é comum trazer uma contextualização inicial da questão;

Conclusão que, em geral, retoma a tese ou conclama à ação;


Estilo – marcas/recursos lingüísticos

Operadores argumentativos – conectivos e organizadores textuais - ou construções que os tornem implícitos;
3ª ou 1ª pessoa;

Uso freqüente de qualificadores e, por vezes, de modalizadores;


Tema I – Vida Virtual

“Pesquisa divulgada há pouco revelou que, no mês de julho, o internauta brasileiro passou 23 horas e 30 minutos navegando na internet. Essa marca é uma hora e três minutos maior que a de junho, que por sua vez era quase uma hora maior que a de maio , e assim por diante. Ou seja, de 30 em 30 dias, o brasileiro já está passando quase um dia inteiro com os olhos na telinha, os dedos no mouse ou no teclado, as pernas criando varizes, a coluna indo para o beleléu e o cérebro mais na virtual que na real. (...)
Segundo outra pesquisa, por causa da internet o jovem brasileiro tem deixado de praticar esportes, dormir, ler livros, sair com os amigos, ir ao cinema ou ao teatro ou estudar. E, com certeza, está deixando também de praticar outros itens não contemplados na pesquisa, como namorar, ir à praia ou ao futebol, visitar a avó, conversar fiado ao telefone e flanar pelas ruas chutando tampinhas.”
(CASTRO, Ruy. Folha de S.Paulo, 05/09/2007, p.02)

O texto aborda a relação do brasileiro com a internet, numa perspectiva crítica. Depois de refletir sobre esse assunto, escreva um artigo de opinião, apresentando argumentos consistentes para a defesa de um ponto de vista sobre o tema:

O JOVEM BRASILEIRO E A INTERNET

Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão (norma culta) da língua portuguesa.
O texto NÃO deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.
O texto deve ter no mínimo 20 linhas.
A redação deve ser desenvolvida na folha própria e apresentada a tinta.
O rascunho pode ser feito na última página deste caderno.

Tema II - Por trás da fumaça

“Conheço os males do cigarro. Mas, hoje em dia, o que não faz algum mal para a saúde? Não é possível que eu tenha que me privar de tudo para poder chegar aos 80 anos. Prefiro morrer com 50 e ter aproveitado muito bem a vida”, diz a carioca Milena (nome fantasia), 17. Ela fuma regularmente desde os 15 e colocou o primeiro cigarro na boca aos 12. E não está sozinha.
O depoimento dela reflete a maneira de pensar de muitos jovens que vão contra a corrente da geração saúde e que entraram na cortina de fumaça antes de completar a maioridade. É o que comprova um dos estudos mais amplos já feitos no Brasil, cujos dados começam a ser divulgados nesta quarta. Realizada pela equipe da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo, a pesquisa mostra que 20,8% da população brasileira é dependente de tabaco, e a experiência com o cigarro começa aos 13,5 anos.
(ARAÚJO, Tarso. Folha de S. Paulo, Caderno Folhateen, 03/09/2007, p.4)

O texto aborda o problema da dependência química que o cigarro provoca. Reflita sobre esse assunto e redija um artigo de opinião, apresentando argumentos consistentes para a defesa de um ponto de vista sobre a questão:

GERAÇÃO CIGARRO X GERAÇÃO SAÚDE

Quem está “ganhando”?
Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão (norma culta) da língua portuguesa.
O texto NÃO deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.
O texto deve ter no mínimo 20 linhas.
A redação deve ser desenvolvida na folha própria e apresentada a tinta.
O rascunho pode ser feito na última página deste caderno.

Condições de produção

Interlocutores conhecidos
Objetivos variados: contar/relatar algo, solicitar algo, manter contato, aconselhar, defender uma idéia etc.

Conteúdo temático

Em geral, questões de natureza pessoal

Forma composicional

Determinação do destinatário;
Interpelação inicial e fórmula de cortesia;
Possibilidade de uso de várias seqüências textuais – injuntiva, expositiva, descritiva, argumentativa, narrativa – definidas pela situação sociocomunicativa
Saudação
Fórmula de despedida
Identificação do remetente

Marcas/recursos lingüísticos

Em geral, predomina o uso do registro coloquial
Uso da 1ª pessoa
Presença de perguntas e outros tipos de formulações que incitam resposta (muitas vezes, promovem um “diálogo assíncrono”)
Muitas marcas/recursos lingüísticos dependem das seqüências textuais predominantes

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

XIII - ENCONTRO DE EDUCADORES


Veja o Convite no video ao lado >>>>>>>>>>>>>>



quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Reverência ao destino





Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.E com confiança no que diz.Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer.Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.E é assim que perdemos pessoas especiais.Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.Difícil é mentir para o nosso coração.Fácil é ver o que queremos enxergar.Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.Difícil é sentir a energia que é transmitida.Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.Fácil é querer ser amado.Difícil é amar completamente só.Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca.Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.Fácil é ditar regras.Difícil é seguí-las.Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.Fácil é perguntar o que deseja saber.Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entender a resposta.Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.Fácil é dar um beijo.Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado.Fácil é sonhar todas as noites.Difícil é lutar por um sonho.Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.
Carlos Drummond de Andrade

O MITO DA CAVERNA






Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas a frente, não podendo girar a cabaça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.
A luz que ali entra provém de uma imensa a alta fogueira externa. Entre ele e os prisioneiros – no exterior, portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela os prisioneiros enxergam na parede no fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.
Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginavam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.
Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
Num primeiro momento ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda a sua vida, não vira senão sombra de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.
Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade.
O que é a caverna?
Que são as sombras das estatuetas?
Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna?
O que é a luz exterior do sol?
O que é o mundo exterior?
Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros?
O que é a visão do mundo real iluminado?
Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense)?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

VII ENCONTRO - FORMAÇÃO DE PCS

JUSTIFICATIVA
De acordo com o Programa de Melhoria do Ensino da Diretoria Norte1 e em atendimento à Proposta Curricular da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, a Oficina Pedagógica da DE Norte1, oportuniza momentos de reflexão e estudos entre os Professores Coordenadores das escolas de Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Desse modo, este trabalho de formação busca melhorar os resultados de aprendizagem dos alunos, através de uma prática pedagógica mais efetiva por parte dos professores. A escola ao realizar um trabalho comprometido com a aprendizagem significativa do aluno, deverá propiciar subsídios para que tal fato aconteça de forma natural, representando uma aprendizagem real e verdadeira. Ao professor cabe criar, inovar e despertar no aluno o interesse e dedicação, e ao Professor Coordenador mediar, estimular e fazer as intervenções necessárias, possibilitando um trabalho coeso; construindo juntos os caminhos para uma escola de melhor qualidade.

OBJETIVO
Fornecer subsídios para que o professor elabore e desenvolva atividades diferenciadas em sala de aula, com a devida orientação e intervenção do Professor Coordenador, objetivando um aprendizado significativo que aperfeiçoe as competências leitora e escritora.

FINALIDADES
Mostrar que a produção textual bem planejada pode resultar positivamente;
Diversificar os tipos de linguagem com os quais trabalha;
Refletir sobre linguagem na concepção de autores diversos.

PROCEDIMENTOS / RECURSOS
Acolhimento – Vídeo clipe;
Leitura de texto “Drummond”;
Reflexão sobre o filme “O enigma de Kaspar Hausen”;
Leitura e reflexão dos textos: “O mito da caverna – Platão” e “A Linguagem – Marilena Chauí”;
Power Point com conceitos e considerações sobre: linguagem natural, aprendizagem natural, aprendizagem significativa, prazer de ensinar, atividades simples e Sequências Didáticas;
Mostra de produções textuais produzidas nas escolas: Jornal Mural e Olimpíadas de Língua Portuguesa;
Atividade em grupos: sugestão de atividades a serem desenvovidas nas escolas – nos moldes (ou não) das apresentadas;
Devolutiva para a Oficina: até 07/11/08.
Avisos: Apresentação da “III Conferência Infanto-Juvenil para o Meio Ambiente” e do material disponibilizado para as escolas, Escola de Gestão, Cadernos do professor, “A Rede Aprende com a Rede” e Portifólio de Recuperação.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

SARESP 2008

No dia 27/08, as Unidades Educacionais da DE Norte 1, fizeram uma parada para discutir e refletir sobre os resultados do SARESP, o IDESP, as práticas pedagógicas e as ações para melhoria do ensino, como parte do Programa de Qualidade da Escola promovido pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. Clique aqui para conhecer algumas das experiências das escolas."


RELATÓRIO SÍNTESE DO DIA DE REFLEXÃO SOBRE O SARESP


Escolas que apresentaram o relatório:

E. E. Alípio de Barros, Profº.
E. E. Ana Siqueira da Silva
E. E. Antonio Candido Correa Guimarães Filho, Profº.
E. E. Ayres de Moura
E. E. Carlos Borba, Profº.
E. E. Chiquinha Rodrigues
E. E. Clodomiro Carneiro
E. E. Dr. Augusto de Macedo Costa
E. E. Edgard Pimentel Rezende, Profº.
E. E. Elísio Teixeira Leite III
E. E. Ermano Marchetti
E. E. Felícia de Rinaldis Franco
E. E. Flamínio Fávero, Profº.
E. E. Friedrich Von Voith
E. E. Galdino Lopes Chagas, Profº
E. E. Geraldo Homero de F. Ottino, Profº.
E. E. Isabel Vieira de Serpa e Paiva, Profº.*
E. E. Jacob Salvador Zveibil*
E. E. Jácomo Stavale, Profº.
E. E. Jair Toledo Xavier, Profº.
E. E. Jardim Brasília
E. E. Jardim Brasília
E. E. João Boemer Jardim, Profº.*
E. E. Joaquim Silvado, Dr.
E. E. José Barbosa de Almeida, Profº.
E. E. José Oscar Abreu Sampaio, Profº.
E. E. Júlio Cesar de Oliveira, Profº.
E. E. Júlio de Faria e Souza, Profº.
E. E. Leônidas Horta de Macedo
E. E. Manuel Bandeira
E. E. Miguel Oliva Feitosa, Profº.
E. E. Milton da Silva Rodrigues
E. E. Oscar Blois
E. E. Osmar Bastos Conceição, Profº.
E. E. Otto de Barros Vidal, Profº.
E. E. Pasquale Peccicacco
E. E. Parque Anhanguera
E. E. Parque Nações Unidas II
E. E. Paulo Trajano da Silveira Santos, Profº.
E. E. Pio Telles Peixoto, Profº.
E. E. Pio XII
E. E. Regiane do Carmo Monteiro, Profº
E. E. República da Colômbia
E. E. Silvio Xavier Antunes, Profº.
E. E. Sol Nascente
E. E. Suzana de Campos, Dona
E. E. Tamandaré, Marques de Almirante
E. E. Vila Penteado II
E. E. Zoraide de Campos Helú, Profª.

* Escolas entregues após 12/09/2008.

No dia 27/08 passado, as Unidades Educacionais da rede pública de São Paulo, fizeram uma parada para discutir e refletir sobre os resultados do SARESP, o IDESP, as práticas pedagógicas e a melhoria do ensino, como parte do Programa de Qualidade da Escola promovido pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.

As escolas da Diretoria de Ensino Norte 1 realizaram um excelente trabalho, se apropriando do espaço para um aprofundamento das discussões e reflexões sobre o rendimento das escolas, apresentação do Índice IDESP e fluxo escolar, refletindo sobre os índices da escola e realizando análises comparativas com resultados gerais, as metas estabelecidas pela SEE e as práticas dos professores na busca da implementação das Propostas Curriculares e da melhoria da qualidade.

A partir da leitura dos Relatórios das escolas pudemos observar que a grande maioria seguiu as sugestões de pauta da SEE, trabalhando os vídeos relacionados abaixo, em dois períodos de encontro com os professores.

“SARESP, IDESP e Plano de Gestão”, com a Sra. Secretária da Educação, Profª Maria Helena Guimarães de Castro;
“SARESP 2007”, com a Assessora de Currículo e Avaliação, Profª Maria Inês Fini;
“Análise dos resultados do SARESP 2007, Ensino Fundamental Ciclo I”,com a Profª Telma Weisz;
“Análise Pedagógica dos Resultados do SARESP 2007 – Língua Portuguesa”, com a integrante da Equipe Técnica de Currículo da CENP, Profª Regina Resek;
“Análise Pedagógica dos Resultados do SARESP 2007 – Matemática”, com o assessor da Equipe Técnica de Currículo da CENP, Profº Ruy Pietropaolo;
“IDESP 2007”, com a Assessora do Programa de Qualidade da Escola, Profª Priscilla Albuquerque Tavares.

Algumas escolas se reuniram em um único período e pudemos observar que o Power Point “SARESP: Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo e sua significativa” foi incluído em algumas atividades.

Para o enriquecimento do trabalho, descontração e reafirmação dos laços de compromisso e amizade do grupo, foram realizadas algumas leituras e dinâmicas durante as atividades, entre as quais citamos:

Leitura:
Revista VEJA – 06/08/2008 – “Medir para avançar rápido” Andreas Schleicher; texto: “Onde você coloca o sal?”; Alice no país do aprendizado – Tânia Dias de Queiroz; “Um zero para as professoras” – Regina Drummond; “Felicidade Clandestina” – Clarisse Linspector.

Vídeo: “Epitáfio” – construção de um ambiente saudável; “Daquilo que eu sei” Ivan Lins; “Dias Melhores” Jota Quest; Quatro meses; Sobreviventes.

Após as sensibilizações e estudos iniciais os trabalhos tiveram continuidade com a separação em grupo por área de conhecimento, ou por séries, no caso das escolas de Ciclo I, para reflexão dos seguintes itens:

O que está sendo trabalhado em sala de aula e o que pode ser realizado para melhoria do desempenho dos alunos, em sintonia com as competências e habilidades publicados no Relatório SARESP e as novas perspectivas educacionais da SEE;

Elaboração de atividades motivadoras com o objetivo de auxiliar os alunos para os desafios de um bom desempenho nas avaliações externas;

Discussão e reflexão sobre práticas educacionais que dão oportunidade aos alunos de uma aprendizagem significativa ou ações desenvolvidas pelos professores para avanço dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem;

Estudo e reflexão sobre as competências e habilidades a partir da leitura das provas já realizadas do SARESP.

Algumas U.E.s ressaltaram as atividades já realizadas pelo grupo para auxílio ao desempenho dos alunos nos exames externos, tais como:

Análise das Provas anteriores do SARESP ou ENEM, em conjunto com os professores da escola, para elaboração das Avaliações Bimestrais ou análise dos dados dos SARESPs anteriores como referência para a elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola e das ações didáticas desenvolvidas pelo grupo docente, como foi a realização da E. E. Chiquinha Rodrigues;

Interação e parceria entre os períodos (no caso das escolas de Tempo Integral) ou entre os projetos realizados nas escolas;

Leitura em conjunto entre a Coordenação e os Professores do Relatório do SARESP para análise dos níveis de proficiências e das competências e habilidades em Lingua Portuguesa e Matemática;

Desenvolvimento de projetos como “Ler e Escrever”, Projetos Ambientais e outros, principalmente nas escolas de Ciclo I que auxiliam no processo de aprendizagem dos alunos;

Atendimento aos alunos com defasagens, em horários e locais alternativos, utilizando o terceiro HTPC.


DIFICULDADES

O grupo de professores das U.E.s vivem o cotidiano escolar com apreço e dedicação, porém, encontram dificuldades a serem enfrentadas, das quais algumas foram manifestadas nos relatórios.

A falta de assiduidade e a indisciplina de alguns alunos interferem na aprendizagem;
Ausência de incentivo para o envolvimento dos alunos sobre a importância do SARESP;
Poucas horas de HTPC, para organização e preparação das aulas; planejamento e socialização das ações pedagógicas entre os professores;
Escassez de recursos materiais para trabalhar com os alunos (reprodução de textos, materiais paradidáticos);
Tempo para implementação das propostas foi muito curto em relação a próxima avaliação do SARESP;
Alguns professores valorizam mais o processo de ensino tradicional, planejando, ainda, o trabalho privilegiando os conteúdos ao invés de desenvolver dinâmicas, atividades problematizadoras e reflexão das leituras.
Quantidade elevada de alunos em sala de aula dificultam os esforços de intervenção dos professores no processo de aprendizagem pontuais dos estudantes.

PROPOSTAS

Reunidos, os professores debateram e refletiram sobre as práticas pedagógicas, processo de aprendizagem dos alunos, realidade das escolas e estrutura do ensino, fazendo sugestões que tem como objetivo o crescimento do grupo e o aumento de desempenho dos alunos.
A interferência da gestão em busca de estratégias para melhoria da assiduidade dos alunos e redução da indisciplina, tais como, reuniões entre docentes e discentes, utilizando vídeos e músicas para reflexão e mudança de comportamento;

Estabelecer um trabalho em sala de aula, junto aos alunos, de análise das provas já realizadas do SARESP, objetivando uma maior familiarização com o sistema de avaliação, bem como, realização do Provão Bimestral, de forma interdisciplinar para preparação das Avaliações Externas;

Realização de avaliações contínuas para acompanhamento do processo de aprendizagem;

Desvinculação do questionário da história sócio-econômica do tempo da prova para maior disponibilidade da concentração dos alunos aos objetivos curriculares;

Continuidade dos trabalhos com as Propostas Curriculares nos próximos anos para uma melhor avaliação dos resultados e permanência da política educacional de melhoria de ensino;

Intensificação de recursos para sala de informática, brinquedoteca e biblioteca, bem como, projetos interdisciplinares, valorizando o trabalho de campo e a inclusão de atividades lúdicas em geral: dinâmicas, jogos, cruzadas, etc.;

Promoção de atividades diferenciadas, com ênfase à leitura reflexiva através de inúmeros gêneros literários, apresentando materiais e situações diversificadas, partindo do conhecimento do cotidiano dos alunos e suas relações com o meio e situações reais. Dentro desta proposta, várias escolas colocaram a necessidade da criação do espaço “Cantinho da Leitura”;

Inclusão de atividades diversificadas para estimular o processo de aprendizagem, como: “Roda da História” produção de textos a partir de relatos de vida, sugerido pela E. E. Profº José Barbosa de Almeida, privilegiando o aprendizado através da história de vida, bem como, leitura e interpretação de contas de consumo e apresentação dos resultados em gráficos;

Socialização, entre os professores, das atividades realizadas com os alunos, buscando a união do grupo docente e um pensamento conjunto, incentivando um trabalho coletivo entre professores e gestores, visando a troca de experiências e a busca de soluções em conjunto para os problemas e dificuldades encontradas na escola;

Realizar diagnóstico atual dos alunos, para partir desse conhecimento, determinar estratégias, explorando, principalmente a leitura de diversos textos e gráficos, envolvendo situação problema, valorizando o cotidiano com o objetivo de revisar a avaliação.

Trabalhar a auto-avaliação do aluno, com o objetivo de refletir sobre as suas ações.

Aproximação da comunidade ao ambiente escolar, buscando a presença mais efetiva dos pais no processo de aprendizagem dos alunos, minimizando as dificuldades.

Realização de um trabalho mais efetivo, junto aos alunos, para conscientização da importância dos estudos, estimulando a responsabilidade.

Integração dos meios tecnológicos com a aprendizagem refletindo a complexidade do mundo contemporâneo, ampliando a criação de espaços para participação e reflexão dos alunos neste processo de globalização, estimulando-os a tomadas de decisões a partir de sua consciência crítica e sua atuação ética e solidária na sociedade (E. E. Ermano Marchetti.);

Criação de espaço e oportunidade para a apresentação dos trabalhos dos alunos para outras salas, se apropriando, inclusive da tecnologia para extrapolar os espaços da sala de aula, com o objetivo de divulgar os trabalhos, visando o estímulo à leitura e escrita e à comunicação. Na E. E. Profº Flamínio Fávero, sugeriram um maior incentivo ao uso e participação do blog da escola “Blog do Flamínio”;

Curso de aperfeiçoamento para professores, inclusive para estudo e aprofundamento do conhecimento e debates sobre as Propostas Curriculares;

Explorar o ensino da matemática de uma forma interdisciplinar, realizando um trabalho conjunto com o tema “meio ambiente”, através da realização de curtas na escola. Este trabalho já é desenvolvido pela “E. E. Dr. Joaquim Silvado”, onde é realizada uma seleção e exposição dos trabalhos num evento organizado pela escola;

Ampliação das visitas dos Professores Coordenadores da Oficina nas escolas, para uma maior interação das atividades;

Continuidade de estudo e reflexão sobre as “competências e habilidades” através do conhecimento de diversos autores que trabalham o tema para uma aprimoramento da compreensão das propostas da SEE.


CONCLUSÃO

A avaliação dos professores em relação às Propostas Curriculares, no geral foi positiva, embora tenha sido ressaltada a importância em participar com críticas e sugestões, via internet pela Rede do Saber. O material, cadernos de gestores e do professor, veio contribuir o cotidiano com subsídios para organização das aulas e estabeleceu um padrão mínimo curricular no sistema de ensino. Porém, permanece a preocupação com a elaboração de materiais para os alunos e paradidáticos de apoio para utilização em sala de aula pelo professor.
Foi observado, pelos professores, que os resultados referentes à implantação das propostas virão a longo prazo, uma vez que consideram necessários vários reajustes nesse processo.

Avaliaram o encontro pertinente para debate e maior conhecimento das Propostas e os vídeos contribuíram para compreensão e clareza sobre o SARESP e IDESP, considerando-os não como um meio de promover estatísticas, mas como um instrumento para reflexão sobre aprendizagem dos alunos e estabelecimento de metas para melhoria.
Algumas escolas como a E. E. Jardim Brasília e E. E. Profº. Galdino Lopes Chagas, verificaram sua melhora no rendimento do SARESP em relação aos anteriores e refletiram sobre os pontos frágeis que precisam ser melhorados e o que precisa ser mudado, mesmo apesar do avanço obtido.
Parabenizamos os trabalhos realizados pelas U.E.s e aproveitamos ressaltar a importância da elaboração dos relatórios para que possamos divulgar as ações e efetuarmos a troca de experiências entre as escolas. Informamos que a Oficina Pedagógica está construindo o Portfólio das escolas, com o objetivo de organizar um Banco de Dados sobre as ações e projetos realizados. Aproveitamos para solicitar um maior detalhamento destas ações, durante a confecção dos relatórios, valorizando as reflexões sobre os avanços e os recuos, bem como as mudanças, comportamentais ou referente ao espaço escolar, positivas ou não, efetivadas no cotidiano da escola.

Fechando este relatório, compartilhamos com os colegas a frase que foi trabalhada pela E. E. Chiquinha Rodrigues e a música pela E. E. Silvio Xavier Antunes, respectivamente, durante o encontro do dia 27, procurando refletir sobre o contexto de mudanças que vivemos:

“Grandes realizações não são feitas por impulso, mas por uma soma de pequenas realizações” (Vincent Van Gogh)

Tocando em Frente
Almir Sater
Composição: Almir Sater e Renato Teixeira
Ando devagar porque já tive pressaLevo esse sorriso porque já chorei demaisHoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabeSó levo a certeza de que muito pouco eu seiEu nada seiConhecer as manhas e as manhãs,O sabor das massas e das maçãs,É preciso amor pra poder pulsar,É preciso paz pra poder sorrir,É preciso a chuva para florirPenso que cumprir a vida seja simplesmenteCompreender a marcha e ir tocando em frenteComo um velho boiadeiro levando a boiadaEu vou tocando os dias pela longa estrada eu vouEstrada eu souConhecer as manhas e as manhãs,O sabor das massas e das maçãs,É preciso amor pra poder pulsar,É preciso paz pra poder seguir,É preciso a chuva para florirTodo mundo ama um dia todo mundo chora,Um dia a gente chega, e no outro vai emboraCada um de nós compõe a sua históriaCada ser em si carrega o dom de ser capazE ser felizConhecer as manhas e as manhãsO sabor das massas e das maçãsÉ preciso amor pra poder pulsar,É preciso paz pra poder seguir,É preciso a chuva para florirAndo devagar porque já tive pressaLevo esse sorriso porque já chorei demaisCada um de nós compõe a sua história,Cada ser em si carrega o dom de ser capazE ser feliz.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

JORNADA DE MATEMÁTICA 2008

4ª Séries - Ciclo I


● 01 a 14 de Julho – Adesão das escolas


● Julho a 30 de Setembro – Desenvolvimento das ações/atividades nas escolas
(classes e interclasses).


● Até 30 de Setembro – Envio das equipes selecionadas para as DEs


● 01 a 31 de Outubro – Realização das atividades nas Diretorias de Ensino.


● Mês de Novembro – Fase Polos


● 1ª quinzena de Dezembro – Fase Estadual


● Dúvidas: jornadadematematica@edunet.sp.gov ou de10101o@see.sp.gov.br


segunda-feira, 9 de junho de 2008

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Resultados da enquete sobre a nova Proposta Pedagógica

DISCUSSÃO SOBRE OS DADOS DA ENQUETE SOBRE A NOVA PROPOSTA PEDAGÓGICA IMPLANTADA NA REDE

A nova proposta pedagógica implementada na nossa Rede de Ensino trouxe muita polêmica causando vários comentários, os quais circulam pelos corredores das escolas.
Com a intenção de explicitar a visão dos Gestores e Professores das escolas da DE Norte 1, a Oficina Pedagógica, realizou uma enquete com objetivo de mostrar como os profissionais da Educação viram tal proposta.
Realizou-se três questões de múltipla escolha respondidas espontaneamente pelos freqüentadores do site da Diretoria de Ensino Norte 1, ou seja, Diretores, Vice-Diretores, Coordenadores e Professores.
As mesmas foram divididas para dois públicos: os Gestores e os Professores.
Aos gestores perguntamos DE QUE FORMA OS PROFESSORES E ALUNOS ACEITARAM A NOVA PROPOSTA CURRICULAR?
A questão teve o total de 288 respostas representadas no Gráfico I
A resposta MUITO BEM, ou seja, houve a aceitação plena da Proposta na escola obteve 18 votos (6,25%) representando o índice mais baixo entre as possibilidades indicadas. A
Muito próximos estiveram os itens BEM aceita e a NÃO ACEITOU. A primeira obteve 68 e a segunda 62 votos. O que representa, respectivamente, 23,61% e 21,53% do total, indicando a polaridade da aceitação da Proposta Curricular nas escolas.
O item ACEITOU EM PARTES totalizou 140 votos (48,61%). Esses números, que representam praticamente a metade das respostas, indicam que a Nova Proposta Curricular, realmente, dividiu o público escolar.



Algumas pistas sobre as causas dessa aceitação em parte, apontada pelos gestores, podem ser entendidas na primeira questão realizada para os professores: QUAIS AS DIFICULDADES ENCONTRADAS PARA O DESENVOLVIMENTO E ARTICULAÇÃO DO PROGRAMA? (Gráfico II)
Num total de 797 respostas, 22 (2,76%) indicam que não houve NENHUMA dificuldade na implantação da Proposta Pedagógica. Número razoavelmente baixo, mas indicador da possibilidade de construir e implementar uma Proposta sem enfrentamento de dificuldades.
O maior problema indicado foi a ADEQUAÇÃO DO CRONOGRAMA EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE AULAS o qual obteve 188 respostas (23,59%). Este dado nos mostra que o material para ser melhor explorado necessita de maior tempo, constatação que pode ser ligada ao segundo item mais votado ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO POR PARTE DO DISCENTE obtendo 182 respostas (22,84%). Ou seja, podemos inferir que a dificuldade de assimilação por parte dos alunos criou a necessidade de maior tempo para o encaminhamento dos trabalhos em classe.
Outro ponto que podemos indicar como cooperador para que o item à Adequação do cronograma em relação ao número de aulas fosse indicado como maior problema foi DOMÍNIO DO CONTEÚDO POR PARTE DO DISCENTE, com 42 (5,27%) votos.
Assimilação e Domínio do conteúdo são dois pontos fundamentais para a condução das aulas. Problemas nessas áreas levam o professor a reduzir o ritmo das aulas para que os alunos possam realmente aprender o que ensinam.
A AUSÊNCIA DO COORDENADOR PEDAGÓGICO foi sentido como uma das dificuldades por 152 respondentes (19,07%) fator relevante que indica a importância desse profissional dentro do cotidiano, na dinâmica nas escolas.
A FORMATAÇÃO DO MATERIAL (JORNAL E REVISTA) foi indicada por 146 participantes da enquete (18,32%). Número que revela a necessidade de revisão do material numa possível replicação.
O item DIDÁTICA, com 65 (8,16%), acena para a relação direta do professor com a forma de ensinar o que foi proposto no material. Talvez tenha aqui aparecido divergência entre a forma de ensino do professor e a forma de ensino proposta pelo material do programa.



A segunda questão feita aos professores, e última na enquete: QUAIS AS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS DISCENTES? Totalizou 606 votos e procurou trazer informações da visão dos professores sobre as dificuldades enfrentadas pelos alunos na aprendizagem das competências previstas na Proposta (Gráfico III).
A competência de leitura e de escrita contemplada nesta Proposta vai além da linguagem verbal, vernácula – ainda que esta tenha papel fundamental – e refere-se aos variados sistemas simbólicos. As múltiplas linguagens estão presentes no mundo contemporâneo, na vida cultural e política, bem como nas designações e nos conceitos científicos e tecnológicos usados atualmente.

A ampliação das capacidades de representação, comunicação e expressão está articulada ao domínio não apenas da língua, mas de todas as outras linguagens e, principalmente, ao repertório cultural de cada indivíduo e de seu grupo social, que a elas dá sentido (Proposta Curricular do Estado de SP, 2008, p.11)

Na Proposta a organização dos conteúdos está dividida em quatro grandes áreas: Linguagens; Ciências Humanas; Ciências Naturais e; Matemática.
Esta questão procurou contemplar os pontos apresentados acima por meio dos itens indicados aos professores para votação.
Os dados coletados demonstram que as maiores dificuldades enfrentadas pelos alunos estavam relacionadas à INTERPRETAÇÃO DE TEXTO (191 votos, 31,52%) e ao RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO (133 votos, 21,95%). Quando somadas chegam ao índice de 53,47%, fato que prende atenção em decorrência da importância que essas duas competências representam dentro do processo de formação escolarizada.
Esses foram seguidos por LEITURA DE GRÁFICO (106 - 17,49%), juntamente com LEITURA DE IMAGENS (78 - 12,87%) e LEITURA DE MAPAS (77 - 12,71%).
Uma porcentagem de votantes pequena (21 - 3,47%), indicou que os alunos não apresentaram nenhum problema.



Finalizamos aqui nossa apresentação, agradecendo muito a todos aqueles que votaram fornecendo dados para essa pequena fotografia do impacto da implantação da proposta em nossas escolas.
Até mais e caso queira enviar algum comentário click abaixo no link COMENTÁRIOS

segunda-feira, 5 de maio de 2008

IV - Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas


Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas ( OBMEP ) é uma competição nacional de Matemática entre as escolas públicas, seguida de programa de aperfeiçoamento para alunos e professores premiados. Ela é dirigida às escolas públicas municipais, estaduais e Federais.


PARTICIPANTES:

Alunos de Ciclo II e Ensino Médio


Nível 1 - 5ª e 6ª séries

Nível 2 - 7ª e 8ª séries

Nível 3 - Ensino Médio


1ª Fase: Prova Objetiva, de 20 questões, aplicada em cada escola inscrita. A correção é feita pelos professores da própria escola.


2ª Fase: Prova discursiva, de 6 a 8 questões, aplicada em centros de aplicação indicados pelo OBMEP. Participam dessa Fase somente alunos com melhor pontuação na 1ª fase.
Inscrição no site: www.obmep.org.br

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Competência Leitora


Autora: Heloisa Amaral

As práticas de leituras escolares são cruciais para o desenvolvimento da competência leitora dos alunos. Como essa competência é fundamental para o exercício da cidadania, esse assunto têm sido tema de inúmeras pesquisas em todos os países. As diferentes abordagens dessas pesquisas são decorrentes das diferentes formas de compreender a língua, de diferentes modos de compreender a relação ensino/aprendizagem e das muitas interpretações das razões do fracasso de tantos alunos diante da leitura.
Esta última razão tem sido o motivo de muitas pesquisas sobre leitura em países desenvolvidos, por exemplo (1) . Em alguns desses países observa-se que pessoas que têm muitos anos de escolarização não se tornam leitoras de gêneros textuais provenientes de esferas não escolares de produção de linguagem. Dizendo de outra maneira, esses países têm constatado que trabalhar exclusivamente com leitura de gêneros escolares (como os textos especialmente produzidos ou adaptados para os livros didáticos), não é suficiente para desenvolver competência leitora ampla que permita aos indivíduos lerem com facilidade textos jornalísticos ou outros que têm ampla circulação social. Ao mesmo tempo, muitas dessas pesquisas concluíram que também é de fundamental importância o desenvolvimento de atividades escolares voltadas para a competência leitora.
Em relação às pesquisas que partem de diferentes concepções de língua, podemos encontrar posturas bastante radicais. Aqueles que pensam a língua como código, exclusivamente, podem conduzir suas pesquisas para mostrar resultados ligados apenas com a falta de adequação dos trabalhos escolares como momentos de aquisição da base alfabética. Outros, que pensam a língua como texto ou discurso, podem assumir posições radicais em relação à práticas de aquisição da base alfabética, deixando-as em último plano. Todos sabemos que posições radicais podem ser muito envolventes, porque parecem mostrar que há um único caminho certo para chegar às finalidades que se almeja atingir. Também sabemos que a história da educação mostra que a adoção de práticas inspiradas em posições radicais sobre ensino de leitura e escrita têm conduzido a equívocos pedagógicos com resultados catastróficos, especialmente quando se trata de políticas públicas que atingem milhões de alunos.
Atualmente, a tendência das pesquisas mais avançadas é considerar que as práticas de ensino de leitura e escrita devem contemplar as diferentes características da língua. Essa visão permite uma radiografia mais completa das dificuldades apresentadas pelos alunos que são submetidos a práticas escolares de ensino de leitura mais unilaterais. Um exemplo de abordagem da língua como objeto de ensino complexo, multifacetado, está nas pesquisas de Rojo (2) e Kleiman (3) . Para ambas, a competência leitora tem maiores chances de ser desenvolvida quando se consideram os múltiplos aspectos que a língua contém enquanto objeto de ensino. De um modo geral, de acordo com pesquisas dessa mesma vertente teórica, é possível considerar práticas que desenvolvem competência leitora ampla aquelas que consideram os aspectos de código, de sistema e de discurso que a língua contém. Tais abordagens encontram respaldo nas políticas atuais do governo federal (4) e estaduais. Resumidamente, vejamos algumas das competências menores incluídas na competência leitora mais ampla.
1) São, entre outras, competências adquiridas a partir da apropriação, pelos alunos, dos aspectos de código da língua:
a. Compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas (números, desenhos, notações musicais, etc.).
Conhecer o alfabeto.
Dominar as relações entre grafemas e fonemas;
Saber decodificar palavras e textos escritos.
2) São, entre outras, competências que permitem a compreensão de textos, de acordo com os PCNs:
a. Ativação de conhecimentos de mundo (para compreender o que lê, o leitor precisa buscar referências em seu conhecimento de mundo: quanto mais amplo ele for, mais o leitor compreenderá o que lê).
Antecipação de conteúdos ou propriedades dos textos (o leitor, neste caso, busca referências em conhecimentos anteriormente reunidos; é o caso de crianças muito pequenas que lêem sem decifrar rótulos de produtos, p.ex.)
Localização de informações (essa capacidade foi uma das que as crianças avaliadas pelos testes padronizados demonstraram possuir).
Checagem de hipóteses (o leitor, enquanto lê, levanta e checa hipóteses; por exemplo, ao ler uma manchete de jornal rapidamente, pode entender que está escrito “os presos dos peixes subiram”, o que não faz sentido para ele. Retomando a leitura, verifica que sua hipótese estava errada e que a manchete diz “os preços dos peixes subiram”, o que faz sentido para quem lê).
3) Há competências que estão ligadas aos aspectos discursivos da língua e são competências que definem o perfil do leitor crítico. Esses aspectos estão diretamente relacionados com a situação de comunicação onde o texto foi produzido e respondem a questões como quem é o autor; que papel social ele exercia no momento que escreveu; que pontos de vista assumiu ao escrever; que veículo ou suporte contém o texto; como e onde esse veículo circulará; que finalidade tem o texto, etc.
a. A leitura crítica supõe um diálogo do leitor com aquilo que lê, valorando o que lê de acordo com seus critérios próprios de valor. Um leitor crítico tem pontos de vista pessoais e pode concordar com o autor que lê ou pode discordar dele, desvalorizando suas propostas.
A situação em que o leitor se encontra influencia esse diálogo com o autor: ler para se divertir, ler para obter uma informação, ler para estudar, ler para atualizar-se.
O leitor crítico é capaz de estabelecer relações com outros textos, anteriormente lidos, seja aqueles a que o texto procura responder, seja outros escritos posteriormente e que procuram dar respostas ao texto lido.

OFICINA PEDAGÓGICA

Márcia Mecca – ATP de Língua Portuguesa

terça-feira, 1 de abril de 2008

Proposta Curricular


A Proposta Curricular apresenta os princípios orientadores para uma escola capaz de promover as competências indispensáveis ao enfrentamento dos desafios socias, culturais e profissionais do mundo comtemporâneo. O documento aborda algumas das principais características da Sociedade do Conhecimento e das pressões que a comteporaneidade exerce sobre sobre os Jovens Cidadãos, propondo princípios orientadores para a prática educativa, afim de que as escolas possam se tornar aptas a preparar seus alunos para esse novo tempo. Priorizando a competência de leitura e escrita, esta proposta define a escola como espaço de cultura e de articulção de competências e conteúdos disciplinares.